segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Extrato de Bonate na Toneca

Olha...

É uma coisa...

Tenho que ser mais responsável...

Huahuehuhuehuhehau...!!!

Senão acontece esse tipo de coisa...

Ficar trocando letras, sílabas e palavras nem sempre é engraçado. Mas dessa vez tenho que admitir que foi.

Também tenho que dormir mais e prestar mais atenção no que penso para não cometer tais gafes.

E como fico agitado depois de passar a madrugada fazendo trabalho, o pessoal pensa que fiquei bagunceiro...

:x

Expressão do dia: Extrato de bonate na toneca... q/

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

In Black And White

Ainda não sei...

Talvez queriam esconder suas cores...

Talvez queiram envelhecer um pouco mais...

Talvez já se sintam velhos...

Mas não...

Vocês não são tão (Hahahahah ~~~~) assim e nem precisam ser, mesmo que eu não saiba o que isso significa, de fato...

Vocês são queridos e são os protagonistas de suas histórias...

Na verdade, não há quem não seja, ainda que desempenhando papeis secundários, mas não se deixa de ser protagonista.

Mas as cores encherão tudo um dia.

Nada mais de esconder a face pois saberão que nada há para ocultar. Mas isto será gradual.

Afinal, todos devemos aprender sobre nossas forças e limitações, cooperando uns com os outros.

Por hora, preto e branco, por não se estar compreendido, permanece como sinal de chiqueza... hauehuahuehauhueh... nada a ver... ¬¬ -q/

Palavra de hoje: Presunção -> presunto + ação... Háhuaehuehqááááááha´ha´hhq´hqhq´h

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O Resultado Disso

Hoje foi um dia suficientemente estranho, mas até que foi divertido.

Vejamos o que aconteceu:

Antes de hoje, eu havia passado o sábado e o domingo jogando wow...

Eu pretendia parar de jogar quando desse cerca de 01:30 da manhã de segunda, o que já é um horário consideravelmente tarde, embora seja o horário em que eu costumo dormir.

Mas, encontrei sinais do meu irmão e da chance de eu encontrá-lo no jogo.

Encontrei-o e, para não perder o momento, chamei-o para completar duas missões em um dungeon.

Foi só o filé, mas essa jornada me levou a ir dormir apenas às 04:30 da manhã (que feeeeio... :///).

Eu fiquei feliz por ter jogado com meu irmão e completado as missões. O problema é que a uma hora dessas, eu ainda tava ligadão e por isso demorei a dormir.

Ok, nem sei bem a que horas fui dormir, mas deixei o celular para despertar às 06:30. Voltei a dormir para acordar, provavelmente sonhando que estava acordado e que eu sabia que iria cochilar um pouco para acordar na hora certa, mas no fim foi a mamãe que me acordou para que eu fosse à faculdade.

Primeiras constatações de que passar dois dias jogando wow, incluindo parte das madrugadas desses dias, não me fez muito bem...

Saí a rua e parecia que eu estava desabituado a andar nelas. Senti um pouco de confusão ao ter que lembrar que eu deveria olhar para os dois lados da rua. As pessoas andavam na rua e eu pensava que a qualquer hora elas poderiam me atacar ou que teriam missões para mim.

Em compensação, eu não estava cansado como se espera que uma pessoa normalmente fique depois de não dormir direito. Acontece que na tarde do sábado eu havia dormido por um bom tempo. Isto ajudou para que eu não me sentisse cansado. em compensação, fiquei elétrico.

Eu ria de tudo, minha voz causou incômodo aos meus próprios ouvidos e eu, apesar de conseguir me concentrar no assunto, na faculdade, preferia ficar divagando em meus pensamentos.

Eu e uma amiga da faculdade bem próxima de mim nos sentimos bastante excluídos na formação de grupos para um trabalho. Talvez issso se deva a nossa incrível antipatia... hauhuaehh...!!! E também porque não fazemos parte de nenhuma panelinha.

Quando foi à tarde, fiquei com medo que eu sentisse cansaço e que isso me atrapalhasse na aula de sapateado. Incrivelmente, não me atrapalhou. Eu estava até bem disposto.

Depois de sair da escola de dança, resolvi caminha de volta para casa. Como de costume, parei no shopping Macapá só para dar uma volta e acabei encontrando novamente minha amiga da faculdade. Estavam ela e seus filhos jantando no Espoleto. Ela me chamou para jantar também e, apesar de recusar o primeiro convite, aceitei o segundo. Eu estava com peso na consciência de comer massa depois de sair da escola de dança, mas percebi que não isso era tão ruim e decidi aceitar o convite.

Saindo de lá, comecei a andar em direção à casa de um amigo de longa data, mas liguei para ele e ele não estava em sua casa. Aproveitei para conversar com ele pelo celular. Estávamos discutindo sobre o wow (mais viciados logo... perdemos 80% de nossa vida social ao começar a jogar esse jogo).

Percebi que não seria legal voltar para casa andando a uma hora daquela (cerca de 20:00). Então peguei o ônibus.

Quando o ônibus estava passando pela Av. FAB, olhei o celular e vi que eram 20:33. Decidi que eu desceria perto do podium para amigos que não via a bastante tempo. E eis que a minha eletricidade doida manifestada pela manhã volta a se manifestar nessa hora, consubstanciando-se em um ímpeto por encontrar os amigos.

Muitos dos meus amigos perceberam o meu comportamento avoado e elétrico, sendo que alguns deles perguntaram qual a erva que eu tava fumando... Huhuhuaheuahe...!!! Encontrei muita gente lá no podium... minha nossa....!!! Mas foi legal, apesar do meu jeito afoito e ao mesmo tempo bastante reticente.

Caracas... Não dormir direito me causa isso. Ainda bem que eu não bebo álcool... xD Senão seria pior.

Que desgraça.

E, finalmente, chegando em casa, finalmente bate o cansaço. Mas tenho que estudar um pouquinho para amanhã. E é isso. Hoje foi mais um dia elétrico, mas agora marcado pelas loucuras que o wow me causou... hauehuahe... Tenho que ter cuidado para não reduzir mais ainda minha vida social... Tenho que ter mais cuidado comigo mesmo. Todavia, foi um dia estranhamente interessante... falei em um micro diálogo, ainda que majoritariamente conativo (acho que é esse o termo), com uma pessoa legal mas que nem sei o nome :/... Falei igual a um político com um monte de gente, falei igual a um bêbado com um monte de gente também, e foi legal... :)

Mas hoje tenho que dormir mais cedo. xD

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Pergunta

"Por que as palavras que escrevemos para nós sempre parecem melhores do que as palavras que escrevemos para os outros?" (Encontrando Forrester)

Às vezes, escrevemos coisas que nos agradam. A uma segunda vista, já nos desagradam.

Acontece que desde a primeira à segunda vista, o autor passa a ser leitor.

O autor-leitor escreve e lê ao mesmo tempo, desdobrando-se graciosamente, ou não, nesta tarefa.

No entanto, acredito que não há qualquer autor-autor.

Todos nós viemos de algum lugar.

A partir da segunda vista, tornamo-nos leitores-leitores, mas com novas possibilidades de sermos autores diferentes da próxima vez, ou não, também.

Pensando bem, talvez possamos, sim, ser autores-autores. Mas sempre teremos saído de algum lugar; de alguma leitura; de alguma mão.

Depende do ponto de vista.

Mas, sejamos autores em nossas próprias vidas, não esquecendo da importância de se ser leitor também.

Pelo menos, pensei isso no momento em que pensei isso. Talvez eu esteja errado. Talvez seja tudo uma besteira. Ou talvez apenas um monte de sapos.

Palavra de ontem (era para eu ter postado isso ontem, mas não tive tempo): presepada.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Não preciso de droga.

Eu sou minha auto condenação, através do qual (eu mesmo) me livro de cair mais e mais.

Claro que os outros também me fazem pensar.

Outra versão.

Não preciso de droga.

Basta eu estar cansado. Começo a agir como se estivesse bêbado e a falar coisas bestas e engraçadas, ou a ficar rude e insuportável. Depende do nível do cansaço, do ambiente e pessoas ao meu redor.

E a biblioteca e o laboratório de informática ultimamente venceram.

O projeto também.

Descobrir as outras pessoas também é legal.

Basta eu acalmar a minha raiva. Tenho que rir mais de mim mesmo.

Não quero ser objeto de crimes e castigos desnecessários motivados pelas minhas teorizações excessivas.

Deixe que pensem, que digam, que falem.

Eles nada sabem. Eu sei.

Eu nada sei. Eles sabem.

"And I don't need no drugs to calm me."

E mais uma vez cometem-se erros dos quais se pode arrepender excessivamente no momento exato da prova da tarefa, mas são coisas que serão relembradas no fim com uma deliciosa e triste nostalgia, lembrando da eterna finitude.

Qual caminho de todos? O que todos farão?

Muito embora, a finitude é finita, pois, de fato, o eterno é em nós.

Fora daqui, todos terão onde se encontrar.

Os dois lados da moeda. Mas há também as moedas de lados idênticos. As moedas que jogam, que decidem. As moedas que compram. As moedas que incentivam. Todo tipo de moeda.

As pizzas, sucos, milk shakes e todo o possivel desse gênero são símbolos de reuniões amigáveis. Também são o sinal de que o amor faz engordar em Macapá.

E a partilha das desgraças une a todos quando se é possível perceber que os olhos são poços profundos de água cristalina que nos faz refletirmos a nós mesmos. Também são portas.

DVDs podem carrear motivos de alegria e tristeza. A internet ainda vai acabar com a vida acadêmica de quem não souber controlar ânsia pelo novo mundo pequeno que se vê grande.

E muitas outras coisas, pessoas que víamos e deixamos de ver, o que significava e tudo o mais.

Vivamos com leveza, desligados de parte de nós, mas sempre atentos a nós mesmos.

E muitas outras coisas.

Não precisamos de drogas.

Podemos nos curar uns aos outros e crescer em sociedade.

No final, a droga também nos ajudou, e mesmo a quem sucumbiu.

Porque todos nós podemos e conseguiremos crescer.

Estejamos todos juntos, ainda que separados.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Renan, 1/4 de semi dono de casa - A Missão

Hoje eu fiz o arroz de novo.

Não sei se vai ficar bom, pois usei uma panela um pouco maior do que a que eu aprendi a usar. Mas digo que ficou com um cheirinho bom. :)

Na hora de lavar a louça...

Percebi que os garfos são utensílios nojentos, bem como qualquer talher que tenha cabo de plástico, embora essa última observação já seja bem recorrente.

Aquele óleo que fica acumulado nas frigideiras é nojento. Observação também recorrente.

Mas se tem uma coisa que me dá ódio são os plásticos, papéis, ossos ou outras coisas que certas pessoas deixam na pia, junto da louça suja. Isto é, definivamente, a treva... ¬¬

...

Em tempo, fui comprar açaí. Tinham uns caminhoneiros lá na batedeira. Um deles criticou o fato de uma pessoa dar 10 reais em 2 litros de açaí.

Sinceramente, gostaria que um idiota que comenta tal babaquice introduzisse as próprias palavras no seu orífio anal . Idiota gala-seca filho d'uma égua... Nós gastamos dinheiro com açaí por opção nossa. Não somos mortos de fome desgraçados tal qual um deles que, provavelmente, gasta quantias enormes de dinheiro com bebida. Nesses momentos, não sou nenhum pouco humano. Se eu tivesse acordado totalmente totalitário, teria fumado um cachimbo e fuzilado todos eles... ò.Ó

domingo, 27 de setembro de 2009

Saudades...


Saudades...

Saudades daquilo que não sei...

Saudades do papai, da mamãe, dos irmãos, da irmã...

Saudades do pão, do guaraná, do bolinho...

Saudades do vento, do cansaço, da madrugada, do sol...

Saudades da dor, do sofrimento, do medo, da desesperança...

Saudades do futuro, daquilo que ainda não ocorreu e pode nunca ocorrer...

Saudades do papél, da função, da forma...

Saudades do que não pode ser lembrado...

Saudades do trem, daquilo que não se sabe se aconteceu, da caminhada, do sonho que talvez não tenha sido sonhado mas vivido, ou do sonho vivido e nunca sonhado...

Saudade do que não sei...

Saudades do trivial e do complexo...

Saudades da calma, quando o que causava saudades ainda não tinha voltado... rs

Saudades de um pensamento que sabe ou não...

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Uma menina...!



Às vezes fico pensando... "será que um dia serei pai?"

E também... "se um dia eu vir a ser pai, será que serei um bom pai?"

Diversas vezes me peguei pensando em como seria o futuro, se eu fosse pai. Quando imagino, as imagens que vêm à minha cabeça parecem um pouco com aqueles filmes bonitinhos em que o pai está se divertindo com uma criança, e essas imagens sempre denotam épocas diferentes, situações diferentes. De fato, acredito que estou idealizando uma possível paternidade daqui há alguns anos-luz.

Mas o mais curioso é que a maioria das vezes, acredito que cerca de 99%, imagino-me cuidando de uma menina. Seja levando-a à escola, lendo livros com ela, brincando e, possivelmente, até tendo discussões complexas com ela.

Não consigo imaginar muito bem as feições dessa menina. Suas feições variam. Ora, é claro. Ela não existe. Talvez possa vir a existir, mas não imagino como nem quando. Isso é algo que apenas imagino.

Talvez, no futuro, caso a minha antipatia me impeça de ter filhos de modo natural, e caso eu tenha coragem e tamanha audácia, eu possa optar por adotar uma menina. Sei lá. Como seria? Penso a respeito disso até porque nas minhas idealizações de futura-possível-paternidade não consigo imaginar a figura de uma esposa, apenas imagino a existência de uma filha.

Acho que essa minha vontade ficou ainda mais acentuada, apesar de contida, por conta de atual conjuntura (não posso ter filhos agora, ora pois...), depois que eu assiti ao filme "Uma Lição de Amor" na faculdade. /shoray liturs*********8*******

Será que apesar de toda minha desgraça, um dia, eu serei um bom pai? (se é que eu serei)

sábado, 19 de setembro de 2009

A prática Indolor


Ontem eu fui a um consultório odontológico para a realização da extração de um siso (hoje estou com 1/4 a menos de juízo. Na próxima sexta perderei mais 1/4 e ficarei sem juízo, pois os 2/4 restantes nunca nasceram... xD). Quando fui informado de que deveria extrair os sisos para evitar futuras complicações me senti um pouco frustrado. Não queria ter que tirá-los, não por uma questão afetuosa pelos dentes, mas porque não me agradava a ideia de ter que passar por um procedimento cirúrgico, pequeno, mas ainda assim não deixava de ser cirúrgico.

Por cerca de um mês posterguei a ida à Uniodonto para obter a autorização do procedimento, mas, enfim, resolvi tomar coragem para a cirurgia depois que reconsiderei que seria muito melhor perder os sisos logo do que perder mais tempo e dinheiro futuramente quando os sisos causassem complicações terríveis.

Tenho pavor de coisas que envolvam materiais médicos, aparelhos estranhos, agulhas, sangue e dor. Eis um motivo pelo qual a ideia de cursar medicina nunca me agradou.

Quando foi ontem, encaminhei-me ao consultório. Pensei "que mal há em extrair uns dentinhos? Melhor fazer logo enquanto não há nenhum problema sério com eles". Na frente do shopping Macapá encontrei um amigo. Ele me pergunta aonde vou. Respondo que vou extrair os sisos. Ele faz um sorriso amargo e diz "ui. Já tirei os meus. Meus pêsames". No entanto isso não me assustou.

Chegando no consultório, esperei um pouco para que o odontólogo (não acho tão digno continuar chamando esses profissionais tão importantes de "dentistas") chegasse. Quando ele chegou, considerei que ele apresentava uma postura bem segura e serena, logo, ele deve ser bom no que faz, além do fato de ele me ter sido indicado pela minha odontóloga que me aconselhou a extrair os sisos.

Após alguns minutos, sou chamado para dentro. A aproximação do momento me deixa um pouco reticente, no entanto não fico ansioso. Ele diz para eu sentar na poltrona (cadeira? sei lá como é chamado aquilo :x). A ansiedade só chega quanto ele me pede pra morder uns negócios incômodos. Penso "caracas. Ele vai fazer a cirurgia com esse negócio apertando a minha língua?" Não, aquilas coisas eram só para ele bater a radiografia dos dentes (pelo menos acredito que fosse para isso). Em seguida tira os negócios e pega uns negócios na bandeja. E eis que ele aproxima a anestesia de minha boca. Rapaz, de agulhadas eu tenho medo. Incrivelmente, senti apenas uma ferradazinha incômoda, mas nada sério. Depois disso meu rosto começa a inchar e ele se prepara pra iniciar a extração.

Ele empurrava alguma coisa, eu acho, na minha boca e senti uma movimentação na parte anestesiada, além de ouvir um som "croc!". "Pobre dente", penso eu. Eu me queixo uma vez, ele pergunta se está doendo e digo que não. Queixo-me uma segunda vez, ele pergunta novamente e digo (tento dizer) que não, mas que os empurrões incomodam. Ele diz "ora, tenho que fazer força. O dente está preso aí. Ele não está solto" /eurirs

A questão é: acho incrível o fato de hoje em dia os procedimentos cirúrgicos serem feitos sem a dor excruciante que provavelmente existia nas práticas de antigamente. Após a extração, o odontólogo me explicou que a anestesia utilizada visa a eliminar a sensação de dor, mas não elimina sensação tátil, ou seja, o paciente permanece o tempo todo consciente, daí o incômodo de sentir as movimentações, embora eu não tenha sentido em momento algum quando o dente foi retirado (eu imagina que ele fosse pular do lugar... ahuehauhehuh...) e nem quando ele estava fazendo os pontos na gengiva.

Quero dizer que realmente fico fascinado com as capacidades que as ciências proporcionaram e ao longo do tempo para se evitar a dor. A sensação de dor demonstra uma habilidade de sinalização do organismo sobre tudo aquilo que pode prejudicá-lo. Mas torna-se necessário impedir a dor, burlar as propriedades nervosas, para se realizar ações que serão benéficas para o organismo. A retirada de um dente tão estranho quanto o siso tem o objetivo de evitar possíveis complicações, como a neoplasia (acredito que esse seja o nome, senão o Felipe pode me corrigir), que pode vir a ocasionar a formação de um câncer posteriormente... (/meldelz o.O)

E, além dos recursos que a ciência oferece, é muito importante que os profissionais tenham confiança e técnica nas suas atividades. O odontólogo me transmitiu bastante segurança, por isso não tive tanto medo durante a extração. A sociedade precisa de profissionais que sejam competentes e merecedores da confiança da população. Digo isso porque, tristemente, a questão da saúde em Macapá é bastante delicada. Aquele que possuem recursos suficientes para manter um plano de saúde são os que têm mais chances de receberem atendimentos mais completos e satisfatórios. Sempre que minha família necessita de cuidados, digamos, mais avançados, encaminhamo-nos para Belém.

A união dos avanços da ciência e da segurança dos profissionais rende à população tratamentos mais sutis e menos dolorosos, entretanto grande parte da população não tem acesso a isso. Logo, os cuidados com a saúde acabam sendo dolorosos não só por falta de técnicas apropriadas e de profissionais capacitados, mas também porque agride o bolso e a confiança das pessoas. Devemos lutar para que isso mude. As transformações sociais virão através da conscientização e da educação, para que os nós, nossos filhos e os filhos de nossos filhos, cresçamos tanto em moral quanto em intelecto e possamos agir diretamente para a reorganização da ordem social, permitindo o acesso a uma saúde de qualidade para todos. :D

E pretendo, futuramente, passar por uma cirurgia de correção da retina para não precisaer mais de óculos. xD

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Não voltar para casa...


Eu sempre tenho pesadelos com isso.

Talvez por que eu realmente tenha medo de não conseguir voltar para casa.

Mas talvez não seja somente isso.

Ainda saberei o significado por trás disso.

Mas odeio ter tais pesadelos.

Sempre é noite. Sempre estou fora de casa por algum motivo. Ocasionalmente me perco. Ou ocorrem coisas que me impedem de voltar. É frustrante não poder achar o caminho de volta.

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domingo, 13 de setembro de 2009

13 de Setembro

Hoje começo a perceber o quão importante é ter conhecimento da própria história para que seja possível construir a própria identidade.

Hoje, 13 de Setembro, é, ainda que criticado positiva ou negativamente, o dia em que se comemora a criação do extinto Território do Amapá. Alguns dizem que é algo desnecessário devido ao fato de o território não mais existir. Outros dizem que nem a condição de ex Território, nem a condição de Estado fazem diferença, porque o Amapá ainda assim seria um lugar obsoleto.

Pois eu acredito que seja importante comemorar tal dia. O Pará, mesmo sendo bem próximo, é visivelmente diferente do Amapá. Admito que muitas coisas no Amapá podem provir de lá, mas os amapaenses, ou pelo menos os macapaenses, são diferentes. As realidades são diferentes.

O isolamento geográfico do Amapá é motivo de piadas internas e externas. O Amapá normalmente é desmerecido por conta de seu contexto político e econômico. No entanto, quem procurou entender o desenvolvimento histórico deste Estado para compreender o que ocorre hoje? E quanto a quem estudou, já procurou fazer algo para modificar a realidade que se mostra aos olhos? Se não, então por que estudou? Para desmerecer? Para criticar negativamente? Para morar nesse Estado tão oprimido interna e externamente e ainda assim parasitar o que é desviado dos serviços públicos?

Pois eu cuspo em todos esses. Que são? Muitos falam mal daqui. Já olharam para suas próprias vidas medíocres e vazias de sentido?

O Amapá é novo. Acredito que é por causa disso que o Amapá não tenha uma identidade tão forte. Sua identidade está desconexa em si mesma. Falta algo para unir as pessoas, pois estas mesmas não se conhecem ainda que convivam cotidianamente.

Sabe, eu me senti emocionado ao assitir ao desfile do 13 de Setembro. Fui assitir às escolas estaduais (quando começou o desfile das escolas municipais tive que ir embora) mostrando seus alunos, os projetos, os recursos, os talentos e tanta coisa que existe e que permanece esquecida enquanto gestores e ou oportunistas comem os recursos do Estado.

Apesar do descuido de muitos, da falta de compromisso, das pessoas que estavam se embebedando antes, durante e provavelmente depois do desfile, dos profissionais e técnicos que apenas maldiziam e não ajudavam em coisa alguma, penso que o desfile teve seu brilho e sua glória, ao menos para mim.

Faz-se necessário estimular o autoconhecimento por parte de nossa população. Devemos entender os porquês de nossa história para que possamos construí-la daqui para frente. É preciso imprimir em nossa população o sentimento de amor à pátria, mas um amor raciocinado, um amor que sabe o que faz, um amor que luta contra as injustiças, que age com caráter, que não joga lixo nas vias públicas, que não assina o ponto do mês e some da repartição, que respeita o próximo e que age em benefício coletivo porque sabe que fazendo isso estará agindo em benefício próprio.

Eu admito que sou um ignorante em relação a meu próprio Estado. Estou, de fato, alienado de minha própria história enquanto habitante do Estado do Amapá. Mas estou buscando estar mais ligado, pouco a pouco, com o que acontece. E espero que meu esforço por conhecer minha própria história possa estimular outros a fazer o mesmo. Amo meu Estado, ainda que não saiba ao certo o que isso significa. Sinto uma necessidade interna por saber o que isso significa, sinto necessidade de me apropriar de minha vida, de minha história, de alcançar minha autonomia. Mas não posso fazer tudo isso sozinho. Isso deve se irradiar até os corações de outros que sintam esse impulso pelo crescimento, para que possamos acabar com o alheamento que nos afasta de nós mesmos.

Ultimamente, senti algumas mudanças em alguns comportamentos e acontecimentos em nossa cidade. Está havendo um maior prestígio para eventos culturais, para o reconhecimento do que é nosso. Talvez ainda seja pequena essa movimentação. Não sei. Mas parece que algum sentimento coletivo começa a crescer em nossos corações, e a busca por esclarecimento nos acomete sutilmente. Espero que assim seja.

Se queremos mudar os rumos da história devemos tomar as rédeas dessa carroça.

xD

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A Contradição do Discurso


Se há uma coisa que eu odeio são pessoas que se arvoram de um determinado discurso, mas que agem de maneira contraditória ao mesmo.

Entendo que nenhum de nós está livre de cometer nossas próprias incoerências quanto a falar e a agir. Estamos em constante transformação. Nossas ideias se modificam.

No entanto, não admito determinados posicionamentos ideológicos acompanhados de atitudes exaltadas e que, ainda assim, não condizem com os atos posteriores daqueles que falam.

Hoje, mais uma vez, presenciei um ato falho de uma pessoa que se acredita revolucionária e libertária.

Sim. É feio da minha parte ficar falando das pessoas assim. Mas é isso mesmo. Eu me incomodo porque a circunstância da qual falarei é algo que é desconsiderado pelas pessoas quando acontece, mas nas rodas de discussão combate-se os estereótipos da sociedade com palavras carticuladas que visam possuir algo de difusão de autonomia para quem se destina o conteúdo do discurso.

Eis a cena:

A professora resolve arrastar a mesa dela. E começa a arrastá-la de um jeito um tanto patético, mas até aí nenhum problema.

Claro que alguém poderia ter se levantado para ajudá-la, mas, e aí demarco o início de minha crítica, esperava-se que algum homem se levantasse para ajudá-la.

As questões: a) segundo o que me pareceu, ela poderia ter dado conta do recado muito bem, aplicando sua força de outra maneira mais satisfatória; b) a distância a que os poucos homens da turma estavam era desprezível, dado que até algum deles chegar até a mesa a professora já teria empurrad-a completamente; ou c) a professora poderia ter pedido ajuda antes de começar a empurrar a mesa, pois ninguém iria se negar a ajudá-la.

E agora, a situação motivadora de minha irritação:

Uma pessoa enxerida grita "égua! Não tem nenhum homem pra ajudar a professora?". (ou algo mais ou menos assim)

O que mais me irrita é que essa pessoa é sempre assim, irritante e inconveniente, pelo menos pra mim. Gosto muito dessa pessoa, mesmo, mas às vezes ela é realmente irritante. Sei também que ela gosta bastante de mim, mas que ela também se irrita com minhas atitudes, afinal, eu me irrito com o comportamento dela porque o meu comportamento não é muito diferente. Também sou consideravelmente irritante e inconveniente. Mas o X da questão é que eu gostaria que ela fosse mais coerente com as palavras e atitudes dela. Só isso.

Todos a conhecem pelo jeito revolucionário dela, pelo discurso bem elaborado dela, e pelo jeito sem noção que ela tem (hauheuhaehuh...), além de que ela sabe muito, ela lê muito, ela estuda muito, mas ela continua com essas incoerências bestas.

Alguns podem pensar que minha irritação é apenas uma besteira sem importância. Mas não, talvez não seja.

Muita gente, durante a III Jornada de Psicologia, adorou a fala de um psicólogo, principalmente as mulheres, porque ele é bonitão e inteligente. Em determinado momento ele falou do poder transformador, constituidor das palavras. Ao que parece a mulherada prestou mais atenção na poder constituidor físico dele e não no das palavras.

A pessoa na sala estava confirmando mais uma vez através de um ato aparentemente pequeno e sem importância o estereótipo que ela tanto combate: o estereótipo da mulher fraquinha que necessita da ajuda de um besta (ops... cavalheiro), que se predisponha a ajudar a mulher sem que ela peça.

Eu não concordo comos estereótipos que acompanham homens e mulheres e tento combatê-los da maneira que posso. Por causa de minhas convicções há muita gente que me acha um chato, porque em certos momentos eu levo muito a sério os simbolismos encobertos pelas pequenas ações das pessoas. Aí acabo sendo tachado de chato mais uma vez, e de que eu não sei brincar e coisas assim. Pois, digo, que são nos atos pequenos que se encontra o reforçador dos conteúdos ideológicos e estereotipados da nossa decadente sociedade.

Eu não sou a mais correta das pessoas, mas eu primo por um pouco mais de moderação nos nossos atos. Senão, de nada adiantam os conteúdos que sempre discutimos ao estudar. E o pior. Como é comum, mais à frente, ao se depararem com uma circunstância ofensiva ou ultrajante, as pessoas retomam o discurso belo para protegerem seu direitos.

Ahhh...

Fico até mufino com a mediocridade nossa de cada dia.

Homens e mulheres merecem respeito igualmente na medida das suas diferenças. Sei que a situação que expus é pequena, mas sempre acredito que o respeito se constroi a partir de atos pequenos do cotidiano, bem como as práticas políticas, pois constantemente discutimos em sala de aula.

Mas, talvez, eu só esteja, mais uma vez, levando as coisas a sério demais. Pois todos estão sempre certos pois entram em consenso.

...

Odeio democracia. É a legitimação da burrice alheia.

Eis o conteúdo de meus discursos contraditórios, porque quero que todos tenham a preocupação de serem moderados para atingirem um possível resultado razoável nas coisas. Mas como sou individualista demais, gostaria que as pessoas fossem competentes para serem autônomas com seus próprios assuntos.

Mas percebo que meu conteúdo ideológico é acompanhado de três elementos: meus pensamentos, meu discurso e meus atos.

Tento manter meus discursos e atos coerente, mas meus pensamentos não. Nesse ponto sou contraditório. Quero a igualdade de todos, desde que possam me deixar em paz do meu jeito.

Odeio democracia. Mesmo sabendo que estou errado.

Ao fim, como sei dessas coisas, sou o mais errado e mais merecedor de restrições.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Alcançando o que está nas "estrelinhas".


Eis que hoje entrei na sala de aula, sentei-me na carteira e perguntei à colega à minha esquerda o por quê de a aula de Tópicos Especiais em Psicologia II não ter sido no laboratório de cinesiologia como previamente planejado.

Ela me conta que a reserva do laboratório havia sido confirmada por uma turma de Fisioterapia, apesar de ter havido também uma reserva pela nossa turma, ou pelo menos era o que constava para mim.

Perturbo-me com a informação. Questiono a professora sobre o que aconteceu. Por que não fomos ao laboratório? E a nossa atividade a ser realizada ficaria prejudicada? Se a reserva da outra turma ainda estava por confirmar, por que não se confirmou anteriormente a reserva de nossa turma? Por que temos que nos sujeitar a essa incompatibilidade de espaços e tempos, sendo que dispomos de um Centro Clínico de Psicologia da Faculdade e não o utilizamos (ou seja, não dispomos realmente dele), deixando-o mofando?

A professora me diz que não foi possível usar o laboratório, então teríamos que realizar outra atividade em detrimento da anterior.

Questiono mais uma vez. A professora parece se perturbar com minha atitude e diz que não pode fazer nada. Reclamo que ninguém na turma reage contra isso. Ela diz que ela não tem culpa se a turma é cheia de inúteis e me aconselha a sair da sala se isso me incomoda. Uma discussão se inicia entre eu e a professora.

A turma silencia. Onde antes havia uma reverberação de risos e falas agora há um quase silêncio, ocorrendo apenas as farpas entre aluno e professora.

"Esse seu discurso cheio de ideologia libertária mas que está todo institucionalizado."

"O quê? Eu institucionalizada?"

"Isso mesmo."

"Se tu te incomodas então sai da sala."

(Algumas de nossas falas, mais ou menos)

Um clima estranho segura a 4PSM-2.

De repente, uma pessoa diz "vocês estão dramatizandoooo."

Eu deveria ter mandado essa pessoa calar a boca imediatamente. Mas não pude. Eu não esperava por aquilo. Perdi minhas forças. Fiquei sem palavras.

Quem imaginaria que um dos principais nerds da turma (Eu) iria entrar em conflito com a professora de Psicologia Social II e Tópicos Especiais em Psicologia II, justamente uma das professoras com quem ele já teve discussões sempre amigáveis e respeitosas???

Frustrado.

Nosso Teatro Invisível... FRUSTRADO!!! Huhqauhauhuahuheu...!!! xD

Realmente, segundo o que algumas pessoas disseram, a atmosfera da sala naquele momento era de medo. Era algo inconcebível que tal atrito se estabelecesse assim tão repentinamente.

"O quê o Renan tá falando??? Manda ele calar a boca!!!"

Nossa turma, a 4PSM-2, é uma turma bem amigável, onde nem todos são amigos tão próximos, há algumas briguinhas vez ou outra, mas todos se dispõem a permanecer unidos, mantendo uma certa tranquilidade no cotidiano acadêmico.

Quando, ainda que com as diferenças existentes e algumas incompatibilidades, escolhemos nos relacionar através da sociabilidade amigável e do afeto torna-se difícil mentir nossos atos. Algumas brigas, conflitos, situações difíceis, intolerância e desrespeito já se instalaram algumas poucas vezes na nossa turma, mas nada que não tenha se resolvido ou adaptado até o dado momento.

A pessoa que disse que estávamos dramatizando também estava com medo do que estava ocorrendo. Ela disse isso como uma tentativa de amenizar a circunstância. Poderíamos ter continuado com o nosso Teatro Invisível, proposta dada pela própria professora durante a aula anterior dessa mesma disciplina, mas para isso nós teríamos que ter sido mais rígidos, mais insensíveis. Eu deveria tê-la mandado calar a boca e continuado minha discussão com a professora. Mas eu não tive coragem para tanto. O Teatro Invisível foi desmascarado por nós mesmos que pensamos ter sido desmascarados pela colega, quando na verdade ela estava espantada conosco.

Eu já tive brigas feias com pessoas que amo. Quem nunca teve? Mas eu sempre fiz o possível, e até mesmo o que eu pensava que eu nunca faria, para resolver uma mágoa mútua, uma raiva corrosiva e aquela dúvida melancólica que acomete as pessoas que brigam mas que se amam. Os vínculos afetivos estabelecidos entre as pessoas fazem com que existam determinados códigos entre as pessoas em seus relacionamentos. Códigos estes que denotam a tristeza e o arrependimento de se ter brigado com uma pessoa amada ou magoado-a. Seja um pai, uma mãe, irmãos, amigos, namorados ou o quer que seja, uma briga cria feridas que só podem ser sanadas quando os interlocutores se põem diante um do outro e esclarecem seus problemas e aprendem juntos.

Devemos sempre estreitar esses laços relacionais que nos unem, porque assim, quando os vínculos são abstratamente sólidos, nem a menor e muito menos a maior das tempestades pode abalar a relação.

Eu não sei jogar com o sentimento das pessoas, principalmente aquelas que me são próximas. A turma percebeu o que se escondia nas "estrelinhas" de nossas falas, apesar do medo de intervir. Quando alguém interviu nós nos desarmamos. Nosso Teatro Invisível ruiu, mas ainda assim alcançou parte de seu objetivo e serviu para nós (ou pelo menos alguns de nós) refletirmos sobre a complexidade da proximidade nas relações humanas. E espero que essa complexidade otimista, que até admite conflitos, mas que não concebe rupturas definitivas e arbitrárias, permita-nos o convívio sempre pautado no respeito e que, caso alguns de nós venha a tremer e cair, seja possível haver sempre algum elemento com iniciativa para resgatar a integridade de nossa união.

sábado, 29 de agosto de 2009

A Hora da Jujuba


Hoje, novamente, eis que sobe no ônibus um senhor com a pele vermelha, queimada pelo sol, cabelos bagunçados e sem a melanina da juventude, a barba por fazer e um olhar meio que... não sei... há tristeza, há? Misturada com... alguma satisfação? Talvez uma satisfação não tão genuína, mas que tenta acompanhar as palavras proferidas por ele próprio, em busca de uma forma de dignificar seu trabalho.

Macapá é pequena, por isso não é difícil encontrar as mesmas pessoas nos ônibus (por que essa palavra não tem plural definido? Éla já é plural no singular... o.O - O ônibus/Os ônibus... Por que não "os ônibuses"... ahehauhe... /tahparay). Esse senhor de quem falo vende jujubas nos ônibus. Sabe, antigamente (nem faz taaaanto tempo assim) ele entrava e falava de um jeito meio alegre, no entanto é de se perceber que passar o dia debaixo do sol vendendo jujubas não deve ser tão alegre, mas houve um tempo, ou talvez seja o mal humor que acomete a todos nós seres humanos de vez em quando, em que ele chegou, anunciou que estava vendendo jujubas e, por um momento, parou, e então recomeçou dizendo que se alguém pudesse ajudá-lo comprando algumas jujubas ele ficaria muito grato. Disse também que ele trabalha vendendo jujubas porque ele é desempregado e não pode se aposentar, e que ele prefere trabalhar vendendo jujubas porque ele não teria coragem de roubar.

Eu nem imagino o que esse senhor deve passar na vida dele, entretanto a fala dele, que acabei de comentar, tocou meu ser. A vida dele deve ser difícil, além de que, há certo tempo, lembro-me que ele não era menos curvado que atualmente, a pele dele era menos machucada pelo sol e ele aparentava mais forças. Não quero dizer que ele é um coitado. Não. Ele não é. Ele, de fato, está trabalhando da meneira que pode, penso eu, para se dignificar enquanto ser humano que precisa fazer algo para se manter. É verdade, chego a sentir pena, e isso talvez seja um pouco errado da minha parte. Mas não acho que seja errado eu me emocionar com o esforço de uma pessoa.

Hoje em dia, sempre que ele sobe no ônibus e que tenho um dinheirinho sobrando compro algumas jujubas, além de lhe dar um sorriso. Não sei se isso faz tanta diferença. Talvez não. Sei lá. Mas, pelo menos, acredito que dando um sorriso posso lhe fornecer um pouco mais de forças e ânimo para nunca desistir. Não sei se é isso o que acontece, não sei também se ele se lembra de mim. Talvez sim. E é isso. Embora nem todos possam ou não queiram comprar jujubas e o que faço seja tão mínimo, ainda assim penso que pelo menos para uma estrela do mar caída na praia eu tenha feito a diferença.

:)

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Presunção de responsabilidade... ou algo assim...


Não devo me vangloriar...

Também sou um fugitivo...

Também tenho medo...

E também não cresci...

Apenas mantenho uma rugosa casca que em certos momentos se esvai em poeira...

Apenas tento encontrar outros recursos, outras vias, outras pessoas, outros sonhos, outras teorias...

Em verdade, sinto o erro em mim também.

Na minha fraqueza, no meu medo, desconfiança e sub ou sobre estima a respeito de tudo.

Quero estar nas extremidades sem ser visto.

Não tenho do que me vangloriar.

sábado, 22 de agosto de 2009

*-*


ok...

I couldn't resist...

"You crush the lily in my soul."

Ainda...


Minha irmã ainda é um bebê.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Pontos de Transformação


Sempre que se depara com um problema o ser humano se empenha em encontrar uma solução para o mesmo. Faz-se necessário, então, movimentar o arcabouço de conteúdos afetivos e intelectuais para compilar os elementos que serão utilizados na resolução buscada. Ativam-se as áreas cujas funções sejam exigidas, por exemplo, o lobo frontal (meu exemplo clássico...) para situações de tomada de decisões, e que, no entanto, podem iniciar conexões com outra regiões para correlacionar as possibilidades de ações. Ok. Muitos instrumentos podem passar a ser utilizados, trabalhando em conjunto para responder à demanda.

...

Para atividades certas, repetitivas e relativamente simples podemos acionar o piloto automático à medida que aprendemos a lidar com tais tarefas, como o delineamento das letras ao se escrever, o movimento de pedalar, dirigir carros, pegar a chave de casa naquele canto onde ela necessariamente deve estar guardada, etc.

Mas e se a mão estiver lesionada? O pedal da bicicleta estiver frouxo? O carro não for aquele Ford Ka que se está acostumado a dirigir, mas uma caminhonete? As chaves não estiverem no lugar? Bem, temos um certo problema para o cérebro, pois ele mecanizara tais ações, mas como a circunstância mudou ele será obrigado a encontrar novas estratégias para dar continuidade a tais atividades.

...

A sociedade ocidental, principalmente os norte americanos, prezam bastante o pragmatismo, e por isso gostam de repostas gerais e simples que possam sistematizar o manejo de uma dada situação.

...

O Positivismo concebia o mundo como sendo regido por leis gerais fixas, organizadas, sendo possível isolar os sistemas de funcionamentos, reduzí-los, estudá-los, predizê-los e controlá-los.

...

Enquanto o feudalismo foi o sistema econômico vigente no mundo, a sociedade estratificada e fixa daquela época nunca pensou que seria possível tal realidade ser modificada. O feudalismos acabou. Nosso amado capitalismo reina atualmente, ainda que com turbulências, mas ele sempre se reinventa para continuar dando às pessoas a liberdade de serem presas às suas liberdades de livre iniciativa. E muitos pensam que sempre será assim.

...

O riso possivelmente se desenvolveu como um choro que se tornou entrecortado cada vez mais até se tornar menos forçado, deixando de ser expressão ostensiva de dor tal qual o próprio choro. Era necessário um sinal vocal que indicasse que o perigo na verdade não existe, sem que com isso se assustasse os indivíduos do bando desnecessariamente com o grito de alerta. O cérebro percebe que algo há de errado, algo absurdo, algo paradoxal, e algo que deveria ser motivo de choro se torna motivo de riso e variações de alívio, de nervosismo ou outros, mas ainda assim, de riso.

O bebê ameaça chorar quando é jogado para cima, mas no momento em que cai na segurança dos braços da mãe ele ri, pois sabe que o perigo de cair existe, no entanto sua mãe não permitirá que isso ocorra (se for uma mãe de bom caráter e responsável, claro...)

...

Hoje muitas pessoas riem das possibilidades de se acabar com as desigualdades sociais, políticas e econômicas. Acham que a transformação é um absurdo. Preferem o velho e bom capitalismo que deu certo até o momento atual. Eu também quero ganhar dinheiro, mas não rio da esperança de um mundo melhor. Percebo que tal mundo, para um dia, não sei quando, chegar, dependerá da ação consciente e responsável de todos, sujeitos ativos da realidade.

Muitos riem porque não querem assumir papéis de responsabilidade diante do próximo. É um escândalo para eles que exista amor e honestidade em algum canto do coração. Preferem permanecer com as respostas simplistas e gerais que o mundo lhes da.

Eu gosto de dinheiro, mas não sou objeto dele... ou pelo menos penso e espero que não.

Mas vivemos em uma democracia amputada, pois só há democracia para aqueles que estão na dianteira, vestindo roupas caras, trocando jatinhos e vivendo em seus castelos de hipocrisia. Nunca esperam que o mundo mude.

Mas não há equilíbrio. Não há homeostase. O caos é parte constitutiva da ordem. Reconheço que tenho medo dos tempos novos, não porque são anunciados com tanta desgraça, mas porque muitos sofrerão por conta das desgraças.

Chegará o tempo de exercermos a responsabilidade que cegamente delegamos a outros, pois aliena-mo-nos por muito tempo. Não haverá respostas prontas. Haverá dúvidas.

Muitas limitações foram comportadas em cada período da história humana, e por causa delas alguns indivíduos quiseran determinar partes da realidade para mais facilmente explicá-la.

Mas da mesma forma como Roma queimou, que a Europa faliu, que a bolsa de Nova York quebrou, que grupos dispersos e aparentemente pequenos abalaram o mundo e que grandes economias balançaram e etc, nosso tempo está muito próximo para que saibamos exatamente o que se passa e por quanto tempo ainda durará a solidez de nosso momento atual até que este se desfaça no ar, mas as limitações não devem ser motivos de restrição ou retração.

Muito há que ocorrer.

Guarneçamo-nos de valores de cooperação e respeito mútuos.

As marés dos tempos lentamente alcançam nossos pescoços sem que disso tenhamos noção.

Estejamos prontos para sermos os responsáveis por nossas ações em sociedade.

Tudo isso encanta e assusta.

Grandes são as possibilidades!!!

É chato...

Ter que ouvir as besteiras de mesmo teor de arbitrariedade quase todos os dias por volta do mesmo horário...

É cansativo...

É aterrador...

E também ter que ouvir, esporadicamente, críticas e piadinhas bestas...

Sinto-me fraco...

Não tenho coragem para expressar meu desgosto... e, pior, penso e mesmo me esforço em continuar pensando que tal fraqueza se deve a meu senso de responsabilidade, respeito e disciplina...

Tudo se distorce...

Inquietação aborda meu estar.

Como que se eu esperasse sempre a última gota.

Pois assim nunca morrerei de sede... por medo do deserto de incertezas.

Sei que as transformações possíveis são, em si, bastante promissoras, pois tais conflitos que decorreriam seriam apenas temporários.

Mas sou bastante otimista e esperançoso.

Acredito, e gostaria de continuar acreditando, que atritos maiores e repentinos possam ser evitados.

No entanto, teimo em manter uma postura reticente e fechada, na expectaiva de que possam entender...

Que insensatez a minha...

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Uma Ciência. Uma Profissão.


Sinto-me cada vez mais orgulhoso por estudar Psicologia!!! A discussão realizada pelo professor de Métodos de Pesquisa em Psicologia acerca dos grandes sistemas de produção de conhecimento e do que é um Ciência Empírica fluiu com discussões intrigantes. E mais uma vez vejo que sou um privilegiado por ter a oportunidade de estar cursando Psicologia!!!

xD

Afinal, a Psicologia é merecedora de crédito, por ter sido durante certo tempo apenas uma disciplina estudada dentro de cursos como Filosofia e Medicina, mas que agora é uma Ciência Empírica, já que é capaz de delimitar seu objeto de estudo, a metodologia e seu produto, e também compreende uma profissão...!!!

Nas palavras do professor: "Sim! A Psicologia deu o pulo do gato."

xD~

Em tempo...

Essas postagens deveriam ter sido feitas ontem...

Mas já viu, né?

/invisívelinternetatoron

Além...

O supracitado professor enunciou premissas interessantes ontem. A aula dele foi realmente muito boa. Bem lúdica, como diria meu amigo Felipe, nas saudosas aulas de terça e quinta à noite no Fisk. Eis as sentenças que copiei para postar aqui:

"Posso dissecar todo o cérebro dessa menina e não vou achar um único ponto de inteligência. Mas posso identificar manifestações inteligentes no comportamento dela."

(Pobre cérebro da Yasmyn... u.u)

e outra bem interessante:

"A Ciência Empírica é como uma máquina de moer cana..."

xD

Bom... claro que eu não poderia esquecer da afirmação igualmente lúdica do professor de Processos de Ensino-Aprendizagem II:

"Ainda não descobriram qual a causa de tanto suicídio em Macapá. Com certeza não é chifre. Se chifre fosse causa de suicídio, muita gente já teria morrido."

=DD

Mwuhuahuheuahuehahuh...!!!

*Bom... as citações não estão exatamente como foram pronunciadas, mas tentei colocá-las de maneira mais próxima possível de como elas foram elaboradas... /beigos

FoguetchêêÊêênio...!!!

Veio-me um foguete à mente e resolvi desenhá-lo.

Imaginei-o inicialmente com uma janela bem à frente, pelo menos na perspectiva em que se lhe apresenta. É incrível que após isso critiquei minha própria criação, alegando que na mesma área circunferencial em que se encontra a janela, deveria haver uma "palhetinha", como as outras duas "palhetinhas" visíveis lateralmente, da mesma forma como na porção inferior do foguete há três "palhetinhas".

Acontece que, de repente, parei e critiquei a crítica inicial feita por mim mesmo sobre meu foguete; "por que não uma janela?" Então questionei qual o fundamento que me impede de por minha janela? Talvez existam vários fundamentos aerodinâmicos, e aeroespaciais caso esse foguete seja para jornadas espaciais, que certamente refutariam não so a janela proposta desde o começo, mas também as "palhetas" e, por fim, o foguete como um todo.

O problema é que meus pensamentos inoportunos só implicaram principalmente com a minha janela!!!

Mas, afinal, o foguete é meu ou dos arquitetos aerodinâmicos, físicos e astrônomos???

O FOGUETE É MEU!!! MEEEEEEEEU!!!³ºº u.u

E faço do jeito que eu quiser.

Não posso deixar determinados padrões cognitivos dominarem meu pensar, minha criatividade e minha ingenuidade... Tenho que botar o meu superego um pouco para o canto... já está querendo ficar muito saidinho... ¬¬

P.S.: Escrito e desenhado durante a aula de Processos de Ensino-Aprendizagem II, ontem.
P.S.2: Essa é sigla do Playstation 2.
P.S.3: Esse foguetchêÊÊêêêênio que ilustra o post foi desenhado por mim por volta da hora do almoço, no paint.
P.S.4: o desenho original, feito à mão, encontra-se na parte de trás da cópia que tirei capítulo 1 da obra Métodos de Pesquisa em Ciências do Comportamento, que está sendo usado na aula de Metodologia de Pesquisa em Psicologia

xD

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Enxameações Tristes


Há momentos em que sou assolado por meus próprios pensamentos...

É justamente em tais ocasiões que necessito lembrar o significado de paciência, brandura, benevolência, perdão, respeito...

São também circunstâncias em que não gostaria de permanecer suspenso... vago... absorto... reticente...

Ultimamente, mais do que nunca, pelo que me lembre, estive assim...

Como se fosse fácil...

As reações drásticas decorrentes da perturbação a tais momentos são igualmente aflitivas e por isso devem ser evitadas.

Como que se eu me esquecesse a quem devo pedir ajuda...

"And the worms ate into his brain."

:///////

De fato, é chato isso.

Gostaria que as pessoas tivessem um pouco mais de tato, e até mesmo um pouco mais de olfato, paladar, visão e audição...

Não é simples. Ou talvez eu que complexifique demais...

Devo dormir... Não devo pensar... Penso demais.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Pequeno Momento Catártico

Eu sou um indivíduo muito influenciado pelos conteúdos que vejo na faculdade e que convergem com meus ideais e interesses.

Eis que se reaviva em mim o desejo por estudar obras políticas e sociais, talvez até mesmo econômicas. Percebo a necessidade de disseminar as sementes que alimentem a vontade por reformas nas nossas maneiras de pensar, de agir e de se portar. Durante uma discussão de Psicologia Social II brotou em minha mente um desejo por vislumbrar organizações interpessoais pautadas no respeito mútuo a partir do reconhecimento que se tenha de si mesmo e do próximo nas relações de vivência. Começo a me interessar também pelo tema do anarquismo, o qual por muito tempo evitei, induzido pelos estereótipos que até mim chegavam, claro. No entanto, o que busco não são os conhecimentos e impulsos que se denominam libertários, mas revestem-se de um fanatismo desmedido contra as instituições formais e políticas existentes em nossa sociedade. Ao que parece, o anarquismo é incompreendido até por quem se diz anarquista. Mas o que tenho a dizer, se justamente nada sei sobre isso??? xD~. Ah...! Mas não estou com vontade de desenvolver tal discussão agora porque isso seria muito chato... oks... Quando souber mais voltarei com esse assunto...

Nessa semana, participei de uma reunião da Associação Brasileira de Ensino de Psicologia - ABEP, cujo núcleo do Amapá se apresenta com apenas um membro sendo o mesmo o próprio coordenador do núcleo (pobre professora...), mas que já conseguiu chamar a atenção de alguns acadêmicos (como eu...!!! xD) e deu o chute inicial para que se consolidem alguns membros do núcleo Amapá (pelo menos é o que se espera... n.n). De fato, o ensino de Psicologia muito me interessa, por isso acredito que algo deva ser feito a respeito, não só quanto ao ensino nas instituições de ensino superior, mas quanto à implantação do estudo de Psicologia no nível médio, a qualidade do ensino, visualização de problemas, possíveis soluções e etc. e etc...

Hoje perguntei à professora que coordena o Grupo Observatório de Saúde Mental sobre o reinício das discussões. A cada período sinto mais necessidade de aprender, discutir e reafirmar minhas capacidades (hauheaheuhuah...!!! /tahparay -.-) para com a vida acadêmica. E ontem, eu acho, comentei com ela sobre a reunião da ABEP que ocorreu e ela comentou que é necessário discutir a organização do núcleo Amapá da Associação Brasileira de Psicologia Social - ABRAPSO, ou seja, mais coisas a realizar em prol do crescimento da Psicologia no Amapá... =D...

Hoje abri a revista Veja e já tenho um motivo de indignação. Uma dita psicóloga sujando o nome da categoria profissional, afirmando ser possível curar a homossexualidade... ¬¬ E a maluca ainda tira foto com máscara para não ser reconhecida... ¬¬³ºº É por essas e por outras, como aqueles "psicólogos" que são chamados em programas de tv para discutir a posição de sexo mais prazerosa ou traçar o perfil psicológico de tal ou qual criminoso, que a Psicologia é ainda vista com preconceito baseado nos rótulos que esses desgraçados legam ao nome da profissão... ò.Ó

Nunca aprendi a dançar... mas ultimamente, por causa de meu fascínio pela Kate Bush, veio uma vontade de aprender a dançar algum estilo interpretativo como o dela... Espero algum dia ter oportunidade de realizar tal façanha.

Esse semestre eu resolvi não mais sentar na carteira em que sentei semestre passado. Cansei das pessoas daquele lado... Acredito que seja hora de eu retornar ao fundo, mas agora irei ao fundo central talvez.

Hoje ainda estou planejando sair para comprar cordas novas para o violão e também para ir à faculdade pegar as cópias deixadas por alguns professores na reprografia e, se der tempo (e eu estiver com disposição... u.u), estudar um pouquinho.

A vinda do "Raul-Bebê" está próxima... Como será o Raul-Bebê??? Às vezes não consigo lembrar das coisas que sonhei, mas parece que ontem sonhei com um bebê... mas será que era ele???

Já faz algum tempo que não paro para continuar a leitura do Crime e Castigo... u.u

Ontem eu fui ao Podium só para ver a Mariana ^^. Mesmo assim já estou com saudades dela novamente... :3

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Reflexão minha...


Eis que retorno das férias, período dramátido e deprimente. Já estava me fazendo mal a falta de convívio com outras pessoas - não pensei que eu fosse admitir isso... ¬¬

Pois bem, hoje foi o primeiro dia de aula do 4º semestre na faculdade... Muito bom por sinal. Gostei das discussões, ainda que pequenas, desenvolvidas. Parece que esse semestre se anuncia um tanto promissor, apesar das agonias e tensões por vir. :x

Um termo usado na aula de Psicologia Social II e que me chamou a atenção foi "empoderamento"... peraí que fui ali pegar um dicionário... xD

Rapaz... não tinha nos dicionários... então é um termo importante... hauehuaheua... xP

Olha só a definição que encontrei no site da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI): "Empoderamento significa em geral a ação coletiva desenvolvida pelos indivíduos quando participam de espaços privilegiados de decisões, de consciência social dos direitos sociais."

Quando a professora falou sobre o empoderamento, que será abordado também com movimentos emancipatórios, lembrei de minhas reflexões sobre a busca por autonomia da parte dos indivíduos e dos grupos. Antes disso, eu estava lendo um livrinho sobre conceitos psicanalíticos que minha amiga Adriele trouxera para a sala. Então associei o pouco que havia lido do livrinho, a fala da professora sobre o empoderamento e minhas reflexões sobre autonomia individual e coletiva... Envergonhei-me de mim mesmo... ://///

Deixe eu me justificar...

No momento eu percebera o quão injusto tenho agido com várias pessoas. E isso se remete também ao meu comportamento antissocial manifestado ultimamente durante as férias...

Às vezes, expresso meu desejo e angústia de que as pessoas deveriam se esforçar mais para
'apoderar-se' (em referência ao jogo de palavras feito pela professora hoje, entre apoderamento e empoderamento) das possibilidades de conhecimento, para que pudessem se tornar cada vez mais autônomas diante de determinadas situações. A minha angústia supracitada decorre de que, inúmeras vezes eu tomara a mim mesmo como referência para tal análise. Ou seja, eu pensava de maneira egocêntrica... percebi isso após ler o livrinho sobre narcisismo... Assim, acontecia que eu acabava exigindo das outras pessoas que elas procurassem agir mais independentemente em seus afazeres, aprendendo por conta própria. Mas tal exigência estava em desequilíbrio em relação à forma como tenho aprendido as coisas em minha vida. Eu estive errado em minhas expectativas egocêntricas, e agora notifico-me disso.

O que acontece é que em diversas ocasiões eu aprendi partindo do auxílio que busquei junto a outra pessoa. Eu não aprendi exatamente sozinho. Alguém me iniciou em algum conhecimento. Um processo compartilhado com alguém. Não há divisão, separação, isolamento. Em contrapartida, eu esperava das pessoas que elas aprendessem isoladamente e, particularmente, sem me incomodar. Meu erro. Minha falta de razão para tal assunto.

E com isso, agora, mais do que nunca, sei que necessito do contato social, do convívio humano. Agradeço especialmente à Raíssa, ao Andrey, à Mariana e ao Felipe, pois sem eles eu não chegaria a essa reformulação de pensamentos. Não devo tomar apenas a mim mesmo como referência das coisas que ocorrem ao redor. Isso é uma genuína contradição para com muito daquilo que eu busco e acredito... Embora, foi errando que tive que me ferir para perceber como deve ser o processo.

Espero com isso não me aprisionar em um muro, como muitas vezes tenho tentado fazer, mesmo que inconscientemente.

Espero ter aprendido algo para me tornar alguém melhor.

A distância e a profundidade promovidas pelo conhecimento e pela crítica assustam, mas porque desvelam a verdade antes oculta, para que possa ser possível agir com maior desenvoltura ante às novas demandas emergentes.

Boa tarde a todos...!!!

/beigosminpokeiamincomentamintwita

quarta-feira, 15 de julho de 2009

O foco de cada um

Quem de fato se importa???

Em verdade, é bastante improvável que alguém se importe tanto com algo do que o próprio sujeito em relação a seu objeto.

As experiências são próprias. Quando compartilhadas, cada qual absorve informações e responde a elas de maneira própria. Está-se em jogo também as disposições únicas da pessoa, suas imposições, honras e vergonhas.

Quem se importa???

Gostaria de poder me importar com tudo para que nada saísse ao controle. Controle , de fato, inexistente por parte de um, uma vez que individualmente as pessoas aprendem a exercer seu autocontrole. Um controle de possibilidades variáveis e não manipuláveis apesar de um determinado controle individual mas não geral. Uma autonomia para cada um. Isso mesmo.

Quem se importa???

Não é por maldade. O sentido do conteúdo que faz as pessoas vibrarem são tantos, incontáveis. Seria uma insensatez querer deles se apoderar se eles não forem objeto da também inclinação das pessoas de deles apoderarem-se, contanto que haja uma complementaridade de interesses, do contrário haverá uma concorrência negativa e possivelmente viciosa. Deve haver uma sintonia de interesses para que a consideração entre as pessoas possa seguir em uma mesma direção e mais ainda em sentido.

Quem se importa???

Alguns lados, objetos, assuntos, pessoas ou o que quer que sejam parecem ficar perdidos, abandonados a si próprios, por não serem objetos de interesses de quem esteja em evidência. Realmente, se não estiverem no foco dos sujeitos do contexto, assumir-se-á que de fato estão deslocados. Mas, e em outros contextos? Quem sabe? Nunca ninguém ou nada está de fato entregue a si. Tudo desempenha o seu papel na realidade.

Cada um tem seus interesses e suas ações. Cada elemento das relações desempenhou, desempenha ou desempenhará uma importante função.

Quem se importa???

Certamente alguém se importa, ainda que não esteja em evidência.

Superemo-nos a nós mesmos, sabendo que, de todo, não estamos somente entregues a nós mesmos. Os focos não são inúteis. O sentido de cada um levará a algum lugar. Nada se perde, tudo se transforma.

A importância que você dá, se autêntica, profunda, ativa e abnegada, faz alguma diferença. Dê importância a si mesmo e saberá dar importância ao mundo. Do contrário, possivelmente estar-se-á desenvolvendo alguma relação perniciosa. E não é isso que se quer.

Alguém da importância.

Alguém se importa.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

O que há com as pessoas?

Em verdade, em verdade eu digo que ainda que tente fazer algo por quem quer que seja, meus esforços são insuficientes.

Falta-me iniciativa e instrução. Talvez não deva cobrar tanto de minha pessoa, mas não acho que minhas responsabilidades de momento são pequenas diante da potencialidade de minhas ações que poderia ser posta em desenvolvimento.

Eu gosto de andar, por isso vez ou outra eu volto andando para casa.

Hoje, fui interpelado por um senhor na rua. Ele estava precisando de ajuda e começou a contar o que lhe havia acontecido. Não consegui entender muita coisa, mas ao que parece ele estava com a consciência confusa, haviam o expulsado do hospital onde estava internado, ele não lembrava de possíveis contatos com familiares, nem endereços ou coisa parecida, além de que ele não é de Macapá. No seu relato havia também uma mescla de crenças religiosas e místicas. Eu perguntei se ele já havia se alimentado, pois eu iria me dispor a comprar algo para ele. Ele já havia comido algo antes, então eu resolvi acompanhá-lo até o hospital. Deixei-o lá, mas não falei com pessoa alguma para solicitar assistência, pois eu nem mesmo sabia quem poderia ajudar e nem tive coragem de perguntar.

Que droga de ajuda foi essa a minha? Sinceramente, eu não sabia exatamente o que eu poderia fazer. Pensei em ligar para algumas pessoas, mas eu realmente não sabia o que fazer. Avisei-o que precisava voltar para casa e fui embora.

No caminho de casa, vi um homem e uma mulher discutindo na saída de uma bar. Ele estava forçando-a a voltar à casa. Apesar de tentar manter um tom de voz baixo e parecer "amigável", ele a puxava e arrastava, enquanto ela ofegava dizendo e pedindo para que ela voltasse à casa de sua mãe. Parei por um momento e retirei o celular do bolso. Iria ligar para a polícia se a situação se agravasse. Fiquei por um momento lá vendo aquele desagradável puxa-empurra e fui-me embora.

Será que eu deveria ter ligado para a polícia? Não sei. Havia também algumas pessoas que pararam para observar aquela briga. Algumas mulheres gritavam contra o homem e depois foram embora. Certamente os transeuntes também estavam um tanto perplexos, sem saber como agir.

É uma característica de nós macapaenses essa acomodação que nos leva a dúvida sobre o que fazer diante de circunstâncias desagradáveis ou delicadas. Durante minha caminhada de volta para casa, comecei a pensar em como eu poderia auxiliar as pessoas se eu desenvolvesse algum projeto ou sei lá o que. Eu gostaria de poder ajudar as pessoas que sofrem. Eu sempre penso, de maneira até um pouco infantil, que ninguém deveria ser submetido a qualquer tipo de sofrimento motivado por outra pessoa.

As relações humanas são tão estranhas, cheias de viciações, baixas paixões, negligências e intolerâncias.

Sinto a necessidade de mudanças e de conscientização na sociedade, bem como do incentivo pelo esforço mútuo e recíproco das pessoas para consigo mesmas e para com o próximo. Ainda falta muito para a humanidade. Muitos ainda sofrem e sofrerão por conta da ignorância.

As coisas são tão estranhas...

Devo delinear os caminhos de minhas ações, despertar minha força e fazer algo mais do que eu já timidamente tento fazer.

Temos força, mas parece que gostamos de afetar nossa consciência de modo a abandonarmo-nos a nós mesmos. Precisamos nos encontrar a si mesmos e superar nossas condições.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Retorno às Origens

Ainda que se desvie completamente de um curso natural, retorna-se a ele sempre que necessário se faça tal ocorrência.

Para cada espécie de ser existente, cada indivíduo deve passar por determinada fase de um convencionado início e fim, o que, em si, depende mais da perspectiva de quem considera tal existência. Isso porque a matéria organizada na formação dos corpos veio de algum lugar. Diga-se de passagem, veio da terra e à terra voltará. De fato, não acredito ser errado afirmar tal coisa.

É de ordem natural que as coisas evoluam. É também um tanto estranho que elas evoluam possam evoluir, às vezes, para aquilo que parece não natural, pois que único, e por isso como que à parte da existência em relação às outras coisas naturais. Refiro-me a nós, humanos, uma vez que podemos construir nossa história como nenhum outro ser conhecido materialmente na terra. Realmente, em certas discussões se é errado aceitar o termo "natural", como quando se quer determinar que um problema social é natural, por exemplo. Talvez seja natural que, dadas as condições de nossas sociedades, alguns passem por vivências degradantes e precárias, mas não é natural que se permaneça nelas. É mesmo difícil conceber que tal possibilidade de fatos possa ser tida como natural quando se tem a cabeça cheia de caraminholas de que a paz mundial e a concórdia são o alvo maior, e que a igualdade entre os homens deve ser buscada à força... algo como as lutas e discursos pseudorrevolucionários... e só para mostrar uma coisa, o termo revolução indica uma volta completa, um retorno à uma determinada origem.

Realmente, o retorno às origens parece ser algo que sempre nos acomete. Mas não significa que devemos sempre retornar, como que em um retrocesso. Pode ser apenas uma revisitação de espaços, memórias, atos ou sei lá. Uma forma de relembrar quem somos, para onde vamos e o que devemos fazer (ou mesmo só para tentar desfazer alguns mal costumes, pois normalmente não sabemos exatamente as respostas para tais questionamentos).

Em vários pontos do crescimento da história de uma espécie, de uma sociedade, de um indivíduo enquanto representante de sua espécie ou pessoa que se percebe como "uma" pessoa com pensamentos, modos de agir e outras características próprias, mostra-se impraticável um retorno a um ponto inicial como que para uma reconstrução desde o início. Seria algo como "junta tudo e joga fora". Não há como. Mas traços de nossa existência guardam traços de nossas origens. Se soubermos ler os próprios sinais que guardamos, podemos aprender a orientar nossos passos sem que caiamos nos mesmo erros (o que pode demorar bastante, basta perceber quantas vezes erramos em coisas bestas várias vezes).

Por isso, uma hora ou outra, voltaremos a fazer algo que a muito não fazíamos, falaremos com pessoas com que há muito não falávamos, releremos livros que foram deixados pela metade, e por aí vai.

Às vezes necessário é que se pare um pouco para refletir sobre o que fizemos de nossa própria existência, já que somos nós que fazemos algo. Assim, olhamos para trás e vemos quanto já realizamos ou deixamos de realizar, e outras coisas as quais já estou com pesseguiça (mistura de pêssego com priguiça) de relatar, olhamos para nosso atual estado, avaliando como nos encontramos no momento, e olhamos para frente, com o intuito de projetar novos passos. E assim, acredito que damos continuidade a nosso crescimento.

FIM!!! Já estava ficando cansado... ¬¬

/acessarpelamanhamachoporqueainternetestahumhorror