quarta-feira, 8 de julho de 2009

Retorno às Origens

Ainda que se desvie completamente de um curso natural, retorna-se a ele sempre que necessário se faça tal ocorrência.

Para cada espécie de ser existente, cada indivíduo deve passar por determinada fase de um convencionado início e fim, o que, em si, depende mais da perspectiva de quem considera tal existência. Isso porque a matéria organizada na formação dos corpos veio de algum lugar. Diga-se de passagem, veio da terra e à terra voltará. De fato, não acredito ser errado afirmar tal coisa.

É de ordem natural que as coisas evoluam. É também um tanto estranho que elas evoluam possam evoluir, às vezes, para aquilo que parece não natural, pois que único, e por isso como que à parte da existência em relação às outras coisas naturais. Refiro-me a nós, humanos, uma vez que podemos construir nossa história como nenhum outro ser conhecido materialmente na terra. Realmente, em certas discussões se é errado aceitar o termo "natural", como quando se quer determinar que um problema social é natural, por exemplo. Talvez seja natural que, dadas as condições de nossas sociedades, alguns passem por vivências degradantes e precárias, mas não é natural que se permaneça nelas. É mesmo difícil conceber que tal possibilidade de fatos possa ser tida como natural quando se tem a cabeça cheia de caraminholas de que a paz mundial e a concórdia são o alvo maior, e que a igualdade entre os homens deve ser buscada à força... algo como as lutas e discursos pseudorrevolucionários... e só para mostrar uma coisa, o termo revolução indica uma volta completa, um retorno à uma determinada origem.

Realmente, o retorno às origens parece ser algo que sempre nos acomete. Mas não significa que devemos sempre retornar, como que em um retrocesso. Pode ser apenas uma revisitação de espaços, memórias, atos ou sei lá. Uma forma de relembrar quem somos, para onde vamos e o que devemos fazer (ou mesmo só para tentar desfazer alguns mal costumes, pois normalmente não sabemos exatamente as respostas para tais questionamentos).

Em vários pontos do crescimento da história de uma espécie, de uma sociedade, de um indivíduo enquanto representante de sua espécie ou pessoa que se percebe como "uma" pessoa com pensamentos, modos de agir e outras características próprias, mostra-se impraticável um retorno a um ponto inicial como que para uma reconstrução desde o início. Seria algo como "junta tudo e joga fora". Não há como. Mas traços de nossa existência guardam traços de nossas origens. Se soubermos ler os próprios sinais que guardamos, podemos aprender a orientar nossos passos sem que caiamos nos mesmo erros (o que pode demorar bastante, basta perceber quantas vezes erramos em coisas bestas várias vezes).

Por isso, uma hora ou outra, voltaremos a fazer algo que a muito não fazíamos, falaremos com pessoas com que há muito não falávamos, releremos livros que foram deixados pela metade, e por aí vai.

Às vezes necessário é que se pare um pouco para refletir sobre o que fizemos de nossa própria existência, já que somos nós que fazemos algo. Assim, olhamos para trás e vemos quanto já realizamos ou deixamos de realizar, e outras coisas as quais já estou com pesseguiça (mistura de pêssego com priguiça) de relatar, olhamos para nosso atual estado, avaliando como nos encontramos no momento, e olhamos para frente, com o intuito de projetar novos passos. E assim, acredito que damos continuidade a nosso crescimento.

FIM!!! Já estava ficando cansado... ¬¬

/acessarpelamanhamachoporqueainternetestahumhorror

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