terça-feira, 27 de abril de 2010

Temor

É estranho, mas um crescente temor surge em mim...

Não sei o que isso significa.

Tenho que admitir que estou um tanto perdido.

Mas mais do que isso...

Estou cansado...

Acho que preciso dormir.

E... ah... tudo isso é tão frustrante...

Chega a ser engraçado.

E meus olhos percorrem o ambiente, perdidos...

Novas atitudes

Ultimamente têm ocorrido eventos alegres e tristes, mas tudo de uma maneira lúcida, sem grandes extremos, sem acessos de euforia ou melancolia, e deixando um sorriso triste no rosto.
Ao que parece, os tempos de mudança, aos quais sempre me refiro, finalmente estão operando alguma mudança significativa em mim, tanto quanto eu mesmo decidi modificar a mim mesmo, quanto eu modifiquei o meio.

Tenho, mesmo, a vontade de dizer que fiquei um pouco mais velho, um pouco mais sábio e um pouco mais triste. Mas essa tristeza não é tão negativa, a despeito das dores sentidas até o dado momento. O que quero dizer é que essa é uma tristeza alegre, resignada, que busca compreender mais do que antes a lógica das coisas, mas não somente isso, pois também busca sentir, quando a razão ainda mostra-se incapaz de compreender.

Antes, eu saia à chuva, mostrava-me a ela, e chegava aonde quer que fosse encharcado. Era como um orgulho que eu senti por me expor àquilo que faz muitos correrem por abrigo. E, de fato, caminhar ou correr na chuva é bastante terapêutico em alguns momentos, mas a questão é que eu me expunha à chuva de modo desproposital, ignorando a possibilidade de adoecimento frente a um estado de fragilidade orgânica do qual eu não estivesse ciente. Isso é até irreverente, como eu pretendia ser, mas também era imprudência, pois não estaria considerando os devidos cuidados com meu corpo-instrumento, pois não posso viver para fazer as coisas que quero sem o móvel que me leva neste mundo físico.

Já são dois dias nos quais fui à faculdade portando uma sombrinha. Os fatos recentes de minha vida mostraram-me a necessidade de se despir de orgulho para tomar atitudes mais saudáveis. Antes, quando eu ficava doente, eu odiava ter que tomar remédio, e até hoje não sou muito adepto deles, mas já compreendo que em certos momentos eles são necessários, bem como outros procedimentos voltados ao bem estar. Exemplo disso foi o meu post sobre a extração dos meus sisos... rs.

Levando em conta a necessidade de sombrinha em dias de chuva, percebo que em minha vida inter e intrapessoal não posso mais sair em meio à chuva sem sombrinha. Eu acreditava que nunca seria afetado pelas ações de outrem, ou que eu tinha sempre noção das consequências de meus atos, algo não tão certo quando reconheço que sou um tanto impulsivo. Tinha muita autoconfiança, mas que em algum ponto se tornou infundada. Tive que pegar muitos resfriados causados pelas tormentas alheias e pelas minhas próprias. Mas hoje, já admito que necessito de sombrinha para sair de casa ou que não sou saudável se eu não fizer por onde.

Os dias passam. E eu ainda me sinto quase como uma criança. Mas também me sinto um pouco mais velho, mais sábio, mais triste do que antes. Isso não é ruim. Minha tristeza é alegre. Faz-me perceber que devo me desvencilhar de meu orgulho de vez em quando.

Quem sabe eu tenha subido um degrau a mais em minha longa escada de progresso, embora reconheça que ainda tenho muitas arestas desproporcionais, ou seja, ainda sou um quadrado torto... Hushauhsuahusha...

Mas é isso, mais ou menos...

Não saiam de casa sem sombrinha. E caminhem um pouco mais devagar. Nem sempre é necessária tanta pressa. Estou aprendendo isso aos poucos.

Até.

sábado, 24 de abril de 2010

A beleza da contradição

Porque é na contradição que se percebe que há outras possibilidades.

E...

Ah...

Quer saber?

Até que eu tava com uma vontade de colocar algo legal aqui... mas perdi a vontade... rs...

O pior de tudo é que eu não consigo me controlar...

Preciso manter a ordem através de uma catarse caótica que se esvai madrugada adentro.

Mas tenho que parar com isso. Já está afetando o meu despertar pela manhã seguinte.

Adeus, seus desgraçados. Muita paz, alegria, amor e dinheiro a todos vocês.

Há!!!

xD

domingo, 11 de abril de 2010

Olhos para ver...


Ah...

Mas com um pouquinho de atenção e imaginação qualquer coisinha se torna engraçada, bonita, legal, atrativa e et cetera e tal...

É uma questão de disposição. Qual o sentido que o mundo à sua volta tem? O que pode ser mudado em você e no mundo, na medida do possível, para que a vida seja mais amena, mais estimulante, mais incrível e ao mesmo tempo ao alcance das mãos?

Façamos então uma remontagem do que nos leva a agir e a pensar de tal ou qual modo. O que podemos mudar? Que recursos temos às mãos? Quais vias alternativas podem ser tomadas para preparar possibilidades ainda não prováveis para o momento?

Ter tal clarividência da realidade é uma habilidade que requer certa atenção, imaginação, criatividade, criticismo, paciência e, acredito ser o mais importante, carinho à vida, independente de seus sabores e dissabores. E como habilidade, só pode ser ampliada com o exercício.

Mas nada de tensão. Se delinear os próximos passos é difícil, então não é bom se desgastar com isso. O melhor é ir dormir um pouquinho...

As idéias sempre se organizam melhor após um bom sono!!!

xD

sábado, 10 de abril de 2010

Os Duros Ciclos


Tempos de mudança, estes...

É o que sempre falo...

E é impossível alhear-se ao que acontece.

Em si, estamos vivenciando uma gigantesca revolução, um giro e, consequentemente um retorno para se recomeçar de determinado ponto.

Mas digo, em verdade, que alguns retornos são dolorosos.

A terra se contrai em dor e manifesta em catástrofes todo o efeito que o homem causou a ela... E este homem revolve-se contra si mesmo em revolta, dor, desespero...

É chegada a hora de se reformular todas as atitudes tomadas no passado, pois quando nos depararmos com as falhas que deixamos, poderemos cair nelas.

A cada período nós nos reencontramos com algo. Mas estamos vivendo tempos críticos. Por um lado, tempos de possibilidade de crescimento sobre tudo o que foi destruído pelas guerras que matam, pelas enchentes que arrastam e afogam, pelos ventos fortes que arrancam, pelo fogo que consome e pela terra que encobre.

Entretanto, reconheço que imediatamente após a queda é realmente difícil perceber qualquer possibilidade de pensar em reerguimento, após tantas aflições. Nós, que por ventura ainda não vivemos a dor na pele, temos que auxiliar nossos próximos que sofrem. Querendo ou não a dor do outro também é nossa dor.

Mas, ainda assim, a dor de quem a sente é imensurável.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

O momento de se erguer

Assumir responsabilidades, lidar com erros - os próprios e os de outros, aprender, ensinar, olhar o outro lado das coisas, tomar decisões e muitas outras ações exigem um esforço de quem as pratica.

Em verdade, não é fácil se esclarecer sem balançar, sem confrontar desejos almejados e compromissos assumidos, sem se ofuscar com a nova luz. Às vezes não são nem compromissos formais, mas compromissos individuais aceitos diante da própria vida e por isso de valor muito mais acentuado.

O cuidado que se deve ter ao viver com os pés no presente e a visão no futuro traz inúmeras dúvidas. Entretanto, as ações do aqui-e-agora devem ser realizadas sem serem entravadas pela ilusão do que ainda não está próximo, e os objetivos e projetos de vida não devem ser perdidos em prol da realização de desejos imediatistas.

Percebe-se que há uma tensão interna grande em quem se vê em tais circunstâncias, principalmente porque a sociedade cobra atitudes morais para as quais muitos de seus elementos não tem prontidão por falta de vontade e ignorância, sendo apenas capazes de agir conforme a orientação de códigos e normas morais, legítimas ou não, mas que tentam burlar sempre que podem.

Àqueles que se dispõem a assumir o papel de propagadores da competência, da responsabilidade, da igualdade, da justiça e outros aspectos de virtude, pesa o olhar julgador, expectador e censurador dos grupos em que estão inseridos, sendo-lhes negada a expressão da imperfeição humana, ou seja, são tolidos de sentir dor, chorar, enraivecer-se, mentir e outras coisas consideradas negativas.

No entanto, a virtude não está em ser bom o tempo todo. Aí é que deve ser posta em movimento a capacidade transformadora do ser humano de flexibilizar suas próprias normas e escapar daquelas que são rígidas ou frouxas demais. Deve-se saber aguardar e agir, adaptar-se às condições adversas sem perder o foco, ou saber mudar o foco quando este já não é mais satisfatório. Em determinados momentos, o sujeito vai ter que saber pôr em prática sua agressividade, vai ter que se utilizar de inverdades para proteger uma determinada situação ou pessoas, vai ter que descarregar sua dor em prantos.

Viver não é simplesmente se ater às ordens estabelecidas, pois elas podem se tornar incapazes de comportar a realidade. A evolução não se dá com formas estáticas, mas com o avanço sobre lacunas não exploradas onde a realidade abre a possibilidade de novos recursos. Mas quem quiser adentrar essas sendas deverá enfrentar a resistência de quem acredita que a ordem fixa é progresso e a inconsequência de quem acredita que a ausência de formas é liberdade.

Em alguns momento será indispensável ter paciência, pois aqueles que sabem algo e aceitam uma determinada responsabilidade não têm como mover a realidade. Sentar e aguardar, mesmo que na escuridão, pode ser a solução temporárea. Mas, assim que a água abrir um buraco na rocha, deve-se sair em busca das metas. A borboleta não alça vôo sem antes ter passado pela crisálida, onde sua potencialidade foi sendo desenvolvida silenciosamente.

Mantenha-se em posição para crescer.

Este pode ser o momento de se erguer.

xD

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Desgraça e Destruição


As pessoas temem o pior, mesmo que não saibam o que o conterá, qual seu objeto e, principalmente, qual sua finalidade.

Vivemos em épocas em que os fatos ocorrem muito rápido e são também noticiados com tamanha agilidade. A tecnologia vive em constante corrida, onde o que é novo hoje se torna obsoleto amanhã. Especulações se fazem mais importantes do que a verdade. O banal e o grotesco são focalizados e vendidos. Tudo sob a égide da alegria, da satisfação, do bem todos.

Ah!!! O bem de todos.

O que é o bem de todos? Como saber, se as pessoas delegam a possibilidade de sabê-lo para outrem, pautam sua felicidade no outro, deixam de acreditar em si mesmas, não olham para o que têm em si simplesmente porque pensam nada ter além das coisas que fazem vibrar aos olhos dos outros, como dinheiro, carros, cargos, títulos, troféis e outros acessórios que viraram pedras elementares da vida das pessoas.

Infelizmente, somos culpados, mas não podemos apontar isso no outro sem apontar três dedos de volta a nós mesmos.

Em verdade, a solução não reside em simplesmente identificar erros, mas em se tomar a iniciativa de tentar solucioná-los. Sim. Tentar. Porque nada realmente se constroi se não há esboços, tentativas, erros.

E erros são o que não falta na tentativa de alcançar o bem de todos. Ah! O bem.

Alguns querem paz, querem satisfação, juventude, e tudo isso tem que ser eterno. Mas como ser eterno em uma condição material onde nada se cria, nada se perde, tudo se transforma?

Eis a questão. Nossa essência é eterna, imortal, mas reside em um estado de ser que aflige as sensações, que é bruto demais, denso demais, que se agrega e se desagrega, que, conforme aprendemos tão simplóriamente, nasce, cresce, reproduz-se e morre. Separam-se as coisas em ciclos inflexíveis e esquece-se que as coisas se transformam. Vida e morte são relativos; as duas faces de uma moeda cujo valor não é compreendido, pois vida e morte nem sempre são o que parecem ser.

Bandidos, políticos corruptos, ditadores populistas, algozes da humanidade... Quando surgem promovem comoção em todos. Geram sentimentos de indignação, fúria, ódio animalesco... Tudo isso é triste. O ser humano se deixa perder em exaltações emocionais esquecendo suas possibilidades transcendentes de benevolência.

Oh... Quantos sofrem? Quanto sofrem? No entanto, a destruição é uma fase. Em verdade, um desafio, uma dura lição. De fatos isolados, pequenos, a eventos mundiais, catástrofes, genocídios, a humanidade passa por tais acontecimentos e deve encontrar um solução. Mas soluções errôneas foram buscadas ao longo do tempo. Pretende-se alcançar a paz com o golpe forçado e maciço, tal qual as bombas atômicas jogadas sobre Hiroshima e Nagasaki? Através de regimes autoritários, ditatoriais? Através de toques de recolher? Prisões de segurança máxima? Castrações químicas? Quanto se tenta cavar até a alma humana sem encontrá-la?

Tantos erros. Desgraça e destruição, morte e putrefação. Verdades que existem, ocorrem, atingem a carne e a alma. Mas se existem há um propósito. A humanidade,.. Nós... não somos meros receptáculos da vida, não estamos jogados ao acaso, não somos uma complexa ordenação químico fisiológica.

Temos a capacidade de mover alavancas que movem o mundo. Não percebemos, mas temos. Ações isoladas que se espalham podem gerar atos grandes. Percebemos que a força não soluciona problemas, pois não somos máquinas.

Seres humanos, bons ou maus, são humanos, e o fato de serem vistos como bons ou maus se deve a toda uma construção sócio histórica que um dia poderá ser alterada, para que ninguém seja determinado por outros, e sim pelos seus próprios atos, com a capacidade de se responsabilizarem conscientemente por sua conduta, por suas vidas, pela manutenção de seu espaço, preservação do ambiente e respeito à vida.

Aprendamos com os erros do passado. Não deixemos que eles voltem a impregnar nossa história. Busquemos o bem, o respeito, a cooperação. Que os sentimentos de ninguém sejam violados.

Um dia... as agressões não serão mais parte de nossos pensamentos. Não porque elas deixem de existir, mas porque compreenderemos que não há progresso sem empecilhos, não há cura sem doença, não há vida sem a morte. Quando compreendermos tudo isso, estaremos acima desses ciclos e contribuiremos para com o universo a partir de nossos aprendizados e sendo simplesmente o que somos em essência. Eternos.

Tudo está interligado.

Qual a sua posição no mundo?

xD