quinta-feira, 25 de junho de 2009

Indignação Acadêmica


Às vezes fico me perguntando o porquê de os professores pedirem trabalhos para os estudantes. Fico sinceramente indignado com tamanha insensatez em alguns casos.

Deixe que eu me justifique.

Há de ser também um erro meu no que acontece, pois, como havia dito no post anterior, eu sou uma pessoa bastante centralizadora. Ao dizer isso, quero iniciar uma fala sobre os odiosos trabalhos em grupo.

Fiquei contente quando o professor mais inacreditável daquela faculdade constatou francamente que ele estava passando um trabalho em grupo porque ele estava com preguiça de corrigir trabalho individuais. No entanto, ele fez uma solicitação seríssima: ele queria que os trabalhos fossem feitos com a devida referência às fontes pesquisadas, do contrário o trabalho seria invalidado. Mas ele ainda foi bonzinho, pois permitiu aos alunos que usassem fontes não científicas. No caso, entendo que o que ele estava tentando focar seria o esforço dos alunos (sem luz mesmo, aquele bando de desgraçados) em saber referendar o conteúdo utilizado no trabalho.
Assim, o honorável professor nos passou um trabalho simples e ao mesmo tempo um tanto complexo, principalmente para pessoas como eu e minha infeliz amiga que valorizamos o uso de informações científicas e esforçamo-nos no destaque das referências.

Eu tive oportunidade de xeretar alguns trabalhos de outros grupos. Obtive uma odiosa constatação. Aqueles desgraçados de outros grupos não fizeram as referências do jeito como o professor exigiu. E mais. Ouvi uma declaração injusta de que o professor com certeza iria deixar todo mundo passar e nem iria se importar com a falta de devida refência nos trabalhos. Isso é um ultraje!!! Nosso professor realmente é uma pessoa inusitada e despojada, mas ele é indiscutivelmente um defensor da produção de ciência. Ele mesmo me disse que a ciência é poder, é hierarquia, e por isso devemos respeitar os autores e suas informações, pois que nós, meros mortais, não temos o mínimo direito de afirmar categoricamente algo em ciência sem referendação e comprovação científica. Ciência é poder.

Pois bem, isso foi só uma pequena - cof! - introdução à exteriorização do motivo de minha indignação. Odeio, desprezo e repudio³°° todo aquele discurso de defesa aos métodos da ciência quando não se pratica o que foi declarado verbalmente ou que é mesmo exigido documentalmente. Entendo uma coisa: eu mesmo tenho vergonha de estar falando em ciência aqui. Mas nem tanto pois estou na faculdade para aprender algo de ciência. E por que esse algo de vergonha que sinto? Porque sei que ainda tenho muito o que aprender e que nada do que falo ou escrevo em meus trabalhos tem validade se não houver fundamentação teórica.

O que mais me deixa indignado, é que, em uma disciplina aí, a professora passou um trabalho de grupo. Ok. Fizemos (os grupos, diga-se de passagem. Contudo, em meu grupo, praticamente foi APENAS EU QUEM FEZ o trabalho). No dia em que a professora entregou os trabalhos eu tive a oportunidade de ver os feitos de outros grupos. O que me irrita não são as notas em si, apesar de que isso também me irrita, porque com certeza a professora deu notas completas de trabalho para o povo. Isto foi algo de um rigor menor. Reconheço que se não fosse a nota que recebi, teria ficado prejudicado na disciplina, afinal passei raspando (culpa minha por irresponsabilidade - não quis fazer uma redação no início do semestre sobre um filme e relacionando o tema estudado... a redação veio a valer 5 pontos o.O, apesar de meu excelente desempenho nas provas e, segundo a própria professora, nas discussões e na apresentação do trabalho). Mas a questão fundamental foi a forjadura dos trabalhos!!! Como pode??? comofas///?/
Vejam só, o esforço que eu tive para fazer o trabalho não diz respeito a ninguém, pois ninguém se importa com isso a não ser eu mesmo e quem por ventura se importar com minha prontidão prejudicada por madrugadas sem dormir (como de costume), mas eu me esforcei para deixar o trabalho "entregável". Faltaram tópicos que a professora havia pedido, e por isso eu mereceria (digo "eu", embora haver-se tratado de um grupo) perder pontos na correção do trabalho. Digo mesmo que eu mereceria, e se eu ficasse suficientemente prejudicado a culpa seria minha porque eu quero a minha culpa só para mim, os outros que fiquem com o que quiserem. Todas as minhas referências foram de obras de caráter científico, embora algumas com mais ou menos peso do que outras, mas ainda assim científicas. Tenho orgulho de meus trabalhos, todavia eu também sinta um pouco de vergonha por conta de minha inexperiência científica e da minha desorganização para fazer trabalhos.
Ok. Então corro os olhos pelos trabalhos alheios em minhas mãos. O que vejo??? Textos enxutos, sem números de anos, sem nomes de autores ou citações diretas bem delineadas e suas aspinhas. O único trabalho de um grupo diferente que foi digno de ser chamado de trabalho de faculdade foi a do grupo da minha amiga defensora do esforço metodológico ainda que iniciante e por vezes deficiente em trabalhos da faculdade (diga-se trabalho dela, porque ela, tal qual eu, fez o trabalho sozinha, apesar do grupo). Ok. Minha ira já estava insuflada a esse ponto. Mas como eu sou um pobre coitado eu não reclamo, porque senão a professora ainda iria bater em mim. Além disso sou um homem de atitude extremamente violenta. Meus infelizes colegas se verão comigo nos próximos debates e trabalhos onde eu triunfarei (vingança de nerd oi rs q/ wtf/). Ok, ok...
Também dei uma olhada na referência bibliográfica dos trabalhos. Que desgraça!!! É muito fácil fazer um trabalho desses, que requeria também uma apresentação oral baseado apenas no manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais e no compêndio de psiquiatria, ou em sítios não científicos na internet. Sei que nem sempre sou tão primoroso em meus trabalhos, mas procuro pelo menos três livros diferentes ou artigos científicos para fundamentar o que escreverei. Ahh... Às vezes fico realmente emputecido com tais situações.

Reconheço que não sou o melhor dos alunos, mas sou reconhecido pelo que faço. Esforço-me por manter o meio-que-primor de meus trabalhos. Não sou um gênio, mas tento fazer coisas esteticamente e "conteudicamente" bonitas. O que me alivia é saber que quando eu estiver próximo do final do curso, talvez eu já tenha acumulado experiência suficiente para garantir menos incômodos na realização de meu TCC, e que meus infelizes colegas sentirão o peso de sua negligência acadêmica ao longo do curso (é melhor eu parar de praguejar... isso é feio!!!)

Ah... é isso...

Eu sou um jovem precocemente velho e rabugento...

Ainda tenho muito o que aprender sobre paciência, pontualidade e organização oi rs q/

/achovoudormirjahtahnahorameldelzeodeveriatahdormino

Nenhum comentário:

Postar um comentário