quinta-feira, 3 de junho de 2010

O solúvel limite das coisas às vezes

Quero que haja um caminho, mas percebi que não quero que este caminho seja apenas uma estrada, longa, tediosa, uma via só e por si só.

Quero uma paisagem, mas não um ambiente simplista, ermo, esquecido, parado. Quero que haja vida, detalhes, diversidade.

Quero ver o céu. Sim. Quero ver o céu. Não quero que nada encubra minha visão. Pior ainda se eu estiver só. Não. Definitivamente, preciso ver o céu para não sentir que esteja contido.

Eu fico me perguntando o por quê de as pessoas terem se perdido em si mesmas. E será que eu possa ter me perdido de mim mesmo também? Talvez, em alguns momentos.

Eu não sou um completo estranho simplesmente jogado aqui. Não. Recuso esta idéia tão egoísta e tola. Meu lugar é aqui. Não pretendo fugir. Entendo que minha condição não seja tão terrível quanto a de outras tantas pessoas que conheço e por isso sou grato à vida que tenho, muito embora as condições dessas pessoas não sejam extremamente aterradoras, apesar de elas entenderem assim.

Todos querem exacerbar a si mesmo. É natural. Há-hushausashs...!!!

Eu vou dormir durante a viagem. Sim. Ah... Estou diferente? Creio que não.

Quantas vezes eu olho para o céu? Não me dou conta de olhar atentamente para o céu, mas gosto de olhá-lo. Enquanto caminho olho bastante para o chão, pois ele é uma das minhas preocupações no momento. Não tenho o hábito de olhar para a frente.

Às vezes algumas pessoas devem esquecer que sou pequeno e que não exatamente tenho o que querem. Não que ser baixinho determine uma certa forma das coisas acontecerem, mas percebo que fatores como idade, conhecimento, objetivos tornam as pessoas um tanto diferentes, quase como a altura diferencia visivelmente uns de outros, ou eu de muitas das pessoas que conheço.

Hmmm... HUhsuahushuahs...!!!

Sabe... eu sei que ser habilitado para dirigir e ter um carro é bom. E começo a perceber a necessidade disso. Entretanto, reconheço minhas limitações em alguns pontos e, sinceramente, não sinto que eu precise mortalmente disso agora para mim. Eu passei a compor o grupo dos economicamente ativos, mas eu não me tornei outra pessoa. Continuo sendo quem sou. Não vou gastar com insensatez os meus saquinhos de sal guardados no banco.

Apesar do tempo, apesar de tudo, ainda sou eu mesmo. E preciso ser eu mesmo. Eu só tenho olhos para mim. Não que eu tenha deixado de considerar todos à minha volta, mas eu sempre fui assim, e isso não é mau. Ora, todos fazem isso. O problema é que não procuram uma forma de lidar satisfatóriamente com a questão.

Sou grato à sociedade, de certa forma, pois sou parte do que sou e parte dela. Sou grato a mim mesmo por não ter me esquecido de mim mesmo, ou pelo menos, não mais, ou , pelo menos, não até onde eu possa lembrar nesses últimos tempos. Sou grato à origem.

Devo planejar minha vida. Os tempos estão chegando. Nunca deixaram de chegar. O tempo é em tudo. Se ele passa ou não depende de nós para nós. Ou algo assim.

Além disso, só nos tornamos nós mesmos com muito exercício de nós. Do contrário, perderíamo-nos sempre. Alguns teimam nisso. Até eu me perco às vezes. Isso é normal. O problema é quando se torna anormalmente normal.

De resto... não consegui pensar e nem encontrar uma imagem para ilustrar esse post.

Então... até mais.

Um comentário:

  1. Um monólogo para tentar se encontrar é sempre bom, eu pratico bastante. Acima de tudo, dou-te um conselho: Observe mais o céu, as cores que o compõem no momento em que você está caminhando. Sabe que só assim eu passei a perceber e sentir o poder da natureza! E que na verdade, tudo gira em torno dela. As vezes ela nos dá sinais, e se estivermos mais atentos às suas modificações, tudo passa a fazer muito sentido! Uma observação particular, mas que pode te ser válida! Hehehe

    Abraços, Adriele.

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