sexta-feira, 7 de maio de 2010

A Vitória dos Perdedores


Escrevo o nome da rosa...
Ela sempre está distante...
Mas ei-la no papel...

Vistosas são suas pétalas
de cortante graça
pelas quais movi injustas guerras.

Escrevo o nome da rosa...
Ao toque coube o corte.
Carinho por meus ferimentos...

Escrevo o nome da rosa
como se isso tornasse minha vigília
em sua desejada companhia.

Minha realeza nada é...
Muito menos sua beleza.
Ambos, mentiras entre si.

O nome da rosa escreve o que sou.
Por isso serei belo.
E a rosa será princesa.

Um feliz insucesso,
pois o que separa
é o que une.

E a terra pode ser envenenada, bem como o trono pode ser roubado. Tudo são aparências. A essência se ramificou por muitos lados, pode até ter se perdido de si. Ela pode ter se desconhecido de si, mas sempre retorna a si, reconhece a si e ao mundo, e o admitirá aos poucos, transformando-o também.

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